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Novas regras do Google

Google anuncia novas regras da sua Linha do tempo. O que muda?

O Google

A Google, gigante da tecnologia que moldou o mundo digital como o conhecemos hoje, possui uma rica história, repleta de marcos de inovação e acontecimentos decisivos.

Uma destas inovações é o Google Maps, que transformou como exploramos o mundo.

O aplicativo fornece mapas detalhados, imagens de satélite, direções precisas e recursos como a Linha do Tempo, ferramenta que grava suas visitas com geolocalização e registro temporal.

Esta ferramenta não é obrigatória aos usuários Android, mas ao desligar o GPS, este aparelho celular deixa de receber muitas funcionalidades de mobilidade urbana e oportunidades, por proximidade.

Graças às novas regulamentações de privacidade de dados, a forma atual de coleta e armazenamento destes dados em nuvem, mediante consentimento forçado, deve mudar até 08 de dezembro de 2024.

John Perry Barlow

E por que esta mudança?

Porque, desde 1996, John Perry Barlow, um dos fundadores da Eletronic Frontier Foundation, destaca que existe uma  “discrepância entre os direitos fundamentais que constam na constituição dos EUA e a vulnerabilidade dos direitos dos cidadãos na Internet”.

Histórico de Localização

O “Histórico de Localização”, que se transformou na “Linha do Tempo”, é um exemplo disto.

A pessoa que optasse por não compartilhar sua localização, desabilitava grande parcela da versatilidade do aparelho celular.

Além disso, este registro de localidades viola o direito de cidadãos digitais terem controle sobre quem armazena seus dados pessoais e o poder eliminá-los a qualquer momento.

A nova realidade jurídica inverteu a propriedade dos dados.

O que antes era um banco de dados proprietário, passa a ser um banco de dados de terceiros, que poderá ser gestionado de forma ética e lícita.

Com a mudança, apesar desta configuração ativada, os dispositivos continuam registrando suas visitas na “Linha do Tempo”.

A partir de agora, porém, cada smartphone conectado à sua conta terá sua própria “Linha do Tempo”, onde as novas visitas serão salvas individualmente, por 90 dias, com direito a um backup criptografado destas informações.

Por que deste prazo de 90 dias?

Isto pode ser diretamente relacionado ao direito ao esquecimento, que permite que os dados da pessoa sejam apagados por entidades que coletam esses dados, mesmo que ocasionalmente.

login para usar o wi-fi.

Pense em uma visita a uma cafeteria durante uma viagem, em que você faz login para usar o wi-fi.

Você não voltará lá, mas seus dados ficarão ali por quanto tempo?

É aí que surge o direito de ser esquecido. Não só pela cafeteria, mas também pelo Google.

Concluindo, mesmo as Big Techs, conglomerados imensos que controlam como vivemos a internet, estão tendo que se adequar à legislação e aos direitos de cada pessoa.

Todas as empresas precisam entender que há uma maneira de transformar os dados em informação.

É a informação que dará uma inteligência de negócio exclusiva à uma empresa.

A informação pode ser guardada indefinidamente, os dados pessoais não.